Eco.Pós - Programa de Pós-Graduação da Escola de Comunicação da UFRJ - O Curso
 
 
 
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TECNOLOGIAS DA COMUNICAÇÃO E ESTÉTICAS
Denilson Lopes
Denilson Lopes é professor associado da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com pós-doutoramento na New York University (2005/6) e estágio sênior na Columbia University (2018/9). Tem formação em comunicação, literatura, cinema, sociologia da cultura e das artes. Tem interesse nas relações entre arte e cultura, vinculadas a uma estética da comunicação, para a qual abordagens provenientes dos estudos culturais, do pós-estrururalismo e da teoria queer são fundamentais. Tem pesquisado categorias estéticas e sensibilidades menores, como a melancolia, a delicadeza e a leveza, mas sobretudo, o artifício, do Barroco ao Neo-Barroco, passando pelos decadentistas, dândis, glam rockers e góticos. Procura conjugar uma visão materialista, cosmopolita, comparativa, transcultural e intermediática, calcada na experiência do pesquisador no crítica de ficções, palavras, sons e imagens. Pesquisou os afetos, especialmente pela amizade nas homossociabilidades mascuilinas, como forma de problematizar os limites dos estudos de gênero e a arte como modo de estar junto,. Mais recentemente, tem se interessado pelas ruínas e paisagens devastadas pelo extrativismo como forma de repensar o Modernismo e sua atualidade.
PUBLICAÇÕES DISPONÍVEIS:
- Afetos, Experiências e Encontros com Filmes Brasileiros Contemporâneos (São Paulo, Hucitec, 2016);

- No Coração do Mundo: Paisagens Transculturais (Rio de Janeiro: Rocco, 2012);

- A Delicadeza: Estética, Experiência e Paisagens (Brasília: EdUnB, 2007);
 
- O Homem que Amava Rapazes e Outros Ensaios (Rio de Janeiro: Aeroplano, 2002);

- Nós os Mortos: Melancolia e Neo-Barroco (Rio de Janeiro: 7Letras, 1999);

- Inúteis, Frívolos e Distantes: À Procura dos Dândis (Rio de Janeiro: Mauad,2019) em conjunto com André Antônio Barbosa, Pedro Pinheiro Neves e Ricardo Duarte Filho

- Ignoro quem sou, sei o que desejo: Mário Peixoto antes e despois de Limite (título provisório, São Paulo, e-galaxia, a ser lançado em 2020)

- Silviano Santiago y Los Estudios Latinoamericanos, ed. Com Lucia Costigan (Pittsburgh, Iberoamericana, 2015)

- O Cinema dos Anos 90 (ed. com Andrea França) (Chapecó: Argos, 2005)

- Cinema, Globalização e Interculturalidade (ed. com Andrea França) (Chapecó, Argos, 2010) 
PROJETO DE PESQUISA:

Modernismo, Improdutividade, Fracasso, Desaparecimento e Invisibilidade


Descrição


Estudar artistas modernos do não a partir do fracasso, da improdutividade, do desaparecimento e da invisibilidade, estabelecendo comparações, com especial atenção a um contexto latino-americano. A partir do quadro que delineamos nos três anos da pesquisa amterior Modernismo, Extrativismo e Melancolia, começou a me interessar a configuração de artistas pouco produtivos, não-profissionais, como pode ser observado em Mario Peixoto e Cornelio Penna, ou em quem, por mais que tenha tido uma obra profícua, estava à margem dos debates artísticos ou políticos públicos como Goeldi. Para entender mais tal perfil, pretendo, nos próximos três anos, delimitar um quadro mais amplo desses artistas do não, da recusa que tem em Bartleby (1853) de Herman Melville uma configuração fundadora que ganhou leituras importantes (DELEUZE, AGAMBEN) e que encontra no gesto de Rimbaud, ao deixar de escrever antes dos vinte anos, um marco na poesia moderna, que merece ser desenvolvida em outras obras para além mesmo das indicadas por Villa Mattas em Bartleby e Companhia (2000), no qual nos chama atenção a pouca presença feminina e latino-americanos pouco conhecidos, inspirado em Artistes sans oeuvres (1997) de Jean-Yves Jouannais. Gostaria de incluir nessa cartografia um diálogo com a produção luso-brasileira tanto em personagens como O Amanuense Belmiro (1937) de Ciro Dos Anjos (SANTIAGO) ou O Livro do Desassossego (1982) de Bernardo Soares/Fernando Pessoa, que se configuram em modestos trabalhadores, escriturários, em geral, solteiros, bem como figuras da crise do mundo agrário como em Lavoura Arcaica (1975) de Raduan Nassar e sua adaptação para o cinema dirigida por Luiz Fernando Carvalho (2001), que merece um diálogo com Pedro Páramo (1955) de Juan Rulfo bem como São Bernardo (1934) de Graciliano Ramos e sua leitura fílmica por Leon Hirszman (1971).
No segundo ano da pesquisa, outra figura que gostaria de voltar a ela, depois de publicação de Inúteis, Frívolos e Distantes (2019) em coautoria com André Antônio Barbosa, Pedro Pinheiro Neves e Ricardo Duarte Filho, é o dândi, para estabelecer um diálogo que não foi feito então com o mundo hispano-americano (MOLLOY 2012, SUTHERLAND 2011, RIZZO 2021, MONSIVAIS 2020) desde Ruben Dario (MONTALDO, 1995), José Asuncion da Silva e com figuras femininas (DURAN, 2009). Ainda que não tenha tido condições de explorar, a figura do boêmio (SEIGEL, 1992; MITCHELL, 2004) poderia dialogar com os dândis.
Acredito que, para um terceiro ano, um nome seria central para entender a relação entre vanguarda, dandismo e artistas da recusa (BROWN, 2009; GARELICK, 1998) que é Marcel Duchamp (LAZARATTO, 2017), para a relação com a América Latina, em particular, o Brasil, é importante o conhecer o diálogo já feito com Maria Martins (ANTELO, 2011).

 

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v. 27 n. 04 (2024)
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