 |
 |
André Parente é professor titular da UFRJ. É pesquisador e teórico do cinema, das novas mídias e da arte contemporânea. Em 1987 obtém o doutorado na Universidade de Paris 8 sob a orientação de Gilles Deleuze. Em 1991 funda o Núcleo de Tecnologia da Imagem (N-Imagem) da Escola de Comunicação. Entre 1976 e 2020, realiza inúmeros vídeos, filmes e instalações nos quais predominam a dimensão experimental e conceitual. Seus trabalhos de cinema, vídeo, fotografia, instalação, performances, foram apresentados no Brasil e no exterior em mais de uma centena de exposições, mostras e festivais. É autor de vários livros: Imagem-máquina (1993), Sobre o cinema do simulacro (1998), O virtual e o hipertextual (1999), Narrativa e modernidade (2000), Tramas da rede (2004), Cinema et narrativité (L’Harmattan, 2005), Preparações e tarefas (2007), Cinema em trânsito (2012), Cinemáticos (2013), Cinema/Deleuze (2013), Passagens entre fotografia e cinema na arte brasileira (2015), entre outros. Nos últimos anos obteve vários prêmios: Prêmio Transmídia do Itaú Cultural, Prêmio Petrobrás de Novas Mídias (2004), Prêmio Sergio Motta de Arte e Tecnologia (2005), Prêmio Petrobrás de Memória das artes (2006), Prêmio Oi Cultural (2009), Prêmio da Caixa Cultural Brasília (2011), Prêmio Funarte de Artes Visuais (2012), Prêmio Oi Cultural (2014). Prêmio Marc Ferrez (2015). |
 |
 |
Brasil, André; Parente, André, Furtado, Beatriz (org.) Imagem e exercício da liberdade. Cinema, Fotografia e Artes. Imagem Contemporânea III. Fortaleza: Editora da UFC, 2020.
Passagens entre Fotografia e Cinema na Arte Brasileira. Rio de Janeiro: +2 Produções, 2015.
Cinemáticos. Tendências do cinema de artista. Rio de Janeiro: + 2 Produções, 2013.
Cinema/Deleuze. (organizador) Campinas: Papirus, 2013.
Cinema em Trânsito. Cinema, arte contemporânea e novas mídias. Rio de Janeiro, Azouge Editorial, 2012.
Preparações e Tarefas. (organizador). São Paulo: Imprensa Oficial, Paço das Artes, 2008.
Narrativa e modernidade. O cinema não–narrativo do pós-guerra. Campinas: Papirus, 2000.
O virtual e o hipertextual. Rio de Janeiro, Editora Pazulin, 1999.
Sobre o cinema do simulacro. Cinema existencial, cinema estrutural e cinema brasileiro contemporâneo. Rio de Janeiro: Editora Pazulin, 1998.
Imagem-máquina. A era das tecnologias do virtual. (Organizador) Rio de Janeiro: Editora 34, 1993.
Ozu: O Extraordinário Cineasta do Cotidiano. (Organizador) São Paulo: Marco Zero, 1990.
|
 |
 |
Cinema de Exposição: do filme à instalação
Descrição A introdução do cinema nos museus e galerias de arte é responsável pela expansão do cinema em diversos aspectos: no seu aspecto arquitetônico (salas de diferentes tamanhos, telas multiplicadas e espaços conjugados), no aspecto discursivo (novas conexões entre imagem e linguagem), e no aspecto receptivo (novos papéis do visitante que agora já não sabe como proceder diante de um filme). A partir dessas novas possibilidades apresentadas pelo dispositivo cinematográfico, um novo regime espectatorial se estabelece. Nasce um novo espectador de cinema: móvel, capaz de um olhar variável sobre a organização, a dimensão e a presença das imagens. Esse observador, consciente de sua presença na sala de exposição, já não está inclinado a se identificar facilmente com os personagens apresentados pelo filme, nem a se iludir com o espaço imagético da diegese. A atual aproximação entre o cinema e as artes faz com que se estabeleça uma arte dos dispositivos sob diferentes lógicas, novas subjetividades e experiências inéditas. As instalações se tornam o modo privilegiado para a apresentação dos trabalhos de um cinema do dispositivo incorporado às artes plásticas, pois elas se apresentam como um espaço de pesquisa na qual as experiências do espectador respondem às dos artistas, em que a representação pode ser testada em todos os seus estados e limites e em que o dispositivo se revela como o modo de concepção de tais obras. |
 |
|
 |
|