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Janice Caiafa é mestre em Antropologia Social pelo PPGAS do Museu Nacional da UFRJ e doutora em Antropologia pela Cornell University. Foi pesquisadora convidada do Centre de Sociologie de l’Innovation da École Nationale Supérieure des Mines de Paris com Bolsa Estágio Sênior da CAPES. Realizou pesquisa de Pós-Doutorado, com apoio da CAPES e da Fundação Fulbright, no Departamento de Antropologia da City University of New York. É Professora Titular da UFRJ, professora e pesquisadora do PPGCOM da Escola de Comunicação da UFRJ e pesquisadora visitante da UERJ. É poeta e pesquisadora sênior do CNPq. É pesquisadora do Grupo de Pesquisa Comunicação, Arte e Redes Sociotécnicas (CNPq/FCS/UERJ) e coordenadora do Grupo de Estudos da Cidade e da Comunicação (CNPq/ECO/UFRJ). Suas áreas de atuação incluem: Estudos Urbanos, Teoria da Comunicação, Teoria Antropológica, Etnografia, Sociologia da Inovação, Estudos de Ciência e Tecnologia e Estudos de Mídia. Em seus cursos e textos trata principalmente dos seguintes temas: processos comunicativos no espaço urbano; transporte coletivo como agente de dessegregação nas cidades; inovação tecnológica e processos de rede no ambiente dos metrôs; a etnografia na tradição antropológica e no campo da comunicação; o problema da subjetividade no contexto dos media e na experiência urbana.
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CAIAFA, Janice. Trilhos da cidade: viajar no metrô do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Editora 7Letras, 2013.
CAIAFA, Janice. Aventura das cidades: ensaios e etnografias. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2007.
CAIAFA, Janice. Jornadas urbanas: exclusão, trabalho e subjetividade nas viagens de ônibus na cidade do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2002.
CAIAFA, Janice. Patchwork. Rio de Janeiro: Editora 7Letras, 2016.
CAIAFA, Janice. Scintilla. Rio de Janeiro: Editora 7Letras, 2024.
ARTIGOS DISPONÍVEIS:
CAIAFA, J. Difusão de inovações, trabalho e processos de rede no metrô de São Paulo: a experiência da Linha 5-Lilás. Mídia e Cotidiano, Vol. 7, N. 3, set-dez 2023.
CAIAFA, J. Dinâmicas da inovação: automação integral da condução e agência humana na Linha 4 do metrô de São Paulo. Revista Fronteiras, Vol. 23, N.1, janeiro/abril 2021.
CAIAFA, J. Comunicação, subjetividade e transporte nas cidades. Novos Olhares (USP), Vol. 8, N.1, 2019.
CAIAFA, J. Sobre a etnografia e sua relevância no campo da comunicação. Questões Transversais. Revista de Epistemologias da Comunicação (UNISINOS), Vol.7, N.14, julho-dezembro 2019.
CAIAFA, J. Comunicação, tecnologia e território no metrô de São Paulo. Revista Mídia e Cotidiano, Vol. 12, N.1, abril de 2018.
CAIAFA, J. (Org.). Revista Eco-Pós, Comunicação Urbana, Vol. 20, N. 3, 2017.
CAIAFA, J. Dinâmicas da experiência de automatização integral da condução no metrô de Paris. Contemporanea, Revista de Comunicação e Cultura, Vol.12, N.03, set-dez 2014.
CAIAFA, J. Du multiple dans les sociétés de communication. Chimères. Devenir-hybride, N. 75, 2011.
CAIAFA, J. Une aventure propre aux villes. Chimères, N. 54/55, Automne 2004.
CAIAFA, J. Comunicação da diferença. Revista Fronteiras, Vol. VI, N. 2, julho/dezembro de 2004.
Folha de S.Paulo/Janice Caiafa: Luz/Sem Luz |
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Processos de inovação e produção de rede na construção dos circuitos comunicativos dos metrôs
Descrição
As pesquisas que tenho desenvolvido em meu percurso confluíram naturalmente para este projeto. Sobretudo as etnografias nos metrôs de São Paulo, Rio de Janeiro e Paris impulsionaram a expansão do pensamento e a tentativa de síntese que aqui procuro construir. Defino o metrô como um ambiente maquínico, um meio sociotécnico em que o componente tecnológico é particularmente expressivo e cujos circuitos comunicativos consistem em interfaces híbridas de humanos e mecanismos. Suas características o fazem funcionar como um laboratório de introdução de inovações antes de tudo tecnológicas e também organizacionais, estas muitas vezes carreadas pelas primeiras. Esses processos de difusão de inovações, complexos e dinâmicos, podem afetar a própria produção do metrô como rede, ou seja, como conjunto múltiplo e sempre extensível de conexões que produzem acesso ao longo do tecido urbano, conduzindo os passageiros. Apoiando-me nestas indicações, proponho alguns princípios que me parecem ser definidores dos metrôs como sistemas de comunicação e infraestruturas urbanas de transporte e cuja formulação se encontra ainda em progresso: produção de rede, regimes de propriedade e de apropriação do equipamento coletivo, processos de inovação, rebatimento sobre o tecido urbano. Utilizando uma metodologia bibliográfica e documental — que inclui a releitura de parte de meus próprios textos — com recurso pontual a trabalho de campo, é meu objetivo delimitar e examinar as formas variadas de realizar esses princípios, tentando compreendê-las no âmbito de um conjunto e numa perspectiva analítica relacional. Espera-se que o estudo dessas formas, além de colocar à prova os próprios princípios de que se parte, contribua para explorar a vitalidade das soluções assim ordenadas para o desenvolvimento das potencialidades desse modal, ao mesmo tempo ampliando e detalhando o estudo dos metrôs numa perspectiva comunicacional. Indissociável desse objetivo principal se coloca o aprofundamento de um pensamento da rede como ferramenta de pesquisa, que tenho desenvolvido em meus escritos sobre a etnografia. |
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