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Maria Cristina Franco Ferraz |
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MARIA CRISTINA FRANCO FERRAZ, mestre em Letras pela PUC-RJ e doutora em Filosofia pela Universidade de Paris I-Sorbonne com três estágios pós-doutorais em Berlim, é Professora Titular de Teoria da Comunicação da UFRJ, onde atualmente coordena o mestrado Erasmus + Crossways in Cultural Narratives. Pesquisadora do CNPq, foi professora visitante nas universidades de Paris 8 e Perpignan (França), Richmond (EUA), Nova de Lisboa (Portugal) e Saint Andrews (Escócia). É autora dos livros: Nietzsche, o bufão dos deuses (Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1994/São Paulo: n-1, 2017 e Paris: Harmattan, 1998), Platão: as artimanhas do fingimento (Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1999 e Lisboa: Nova Vega, 2010), Nove variações sobre temas nietzschianos (Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2002), Homo deletabilis - corpo, percepção, esquecimento: do século XIX ao XXI (Rio de Janeiro: Garamond, 2010 e Paris: Hermann, 2015) e Ruminações: cultura letrada e dispersão hiperconectada (Rio de Janeiro: Garamond, 2015). Em colaboração com Ericson Saint Clair, escreveu o livro Para além de Black Mirror: estilhaços distópicos do presente, no prelo pela editora paulista n-1. |
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Livros:
Em colaboração com Ericson Saint Clair: Para além de Black Mirror: estilhaços distópicos do presente. No prelo. São Paulo: Editora n-1. Ruminações: cultura letrada e dispersão hiperconectada. Rio de Janeiro: Garamond/FAPERJ, 2015.
L’homme effaçable: mémoire et oubli du XIXe siècle à nos jours. Paris : Hermann, 2015.
Homo deletabilis - corpo, percepção, esquecimento: do século XIX ao XXI Rio de Janeiro: Garamond/FAPERJ, 2010.
Nove variações sobre temas nietzschianos. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2002.
Platão: as artimanhas do fingimento. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1999 e Lisboa: Nova Vega, 2010.
Nietzsche, le bouffon des dieux. Paris : Harmattan, 1998.
Nietzsche, o bufão dos deuses. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1994; segunda edição revista: São Paulo: Editora n-1, 2017.
Artigos:
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Modulações da Atenção e dos Afetos na Cultura Digital
Descrição Acionando o método genealógico, a pesquisa visa a tematizar regimes de atenção dispersa e fragmentada demandados e produzidos por dispositivos de informação e comunicação em rede, em um contexto de declínio da cultura letrada em favor de modos de vida crescentemente on-line, non-stop, hiperconectados. O exame do esgarçamento tendencial da capacidade de concentração, da compactação da experiência do tempo e da expansão de regimes de dispersão hiperconectada é favorecido por contrapontos com produtos culturais produzidos na modernidade. A dispersão em temporalidades aceleradas articula-se à corrosão da experiência e à dificuldade crescente de sustentar o desejo no tempo. Imediatez e esquecimento subjazem ao enfraquecimento da inscrição de experiências no corpo, em tempos de obsolescência programada de produtos, relações, afetos. A constante captura da atenção e o regime de hiperconectividade em tempo integral tendem a afetar e empobrecer as modulações afetivas do corpo. Tais fenômenos articulam-se à disseminação de afetos como ódio e ressentimento em redes sociais. A pesquisa se vale de recuos à cultura letrada (literatura e filosofia), ligada a temporalidades mais dilatadas, para tornar mais perceptíveis as variações contemporâneas dos regimes de atenção e afeto. O conceito deleuzeano de afeto, como “blocos de sensações”, e a filosofia nietzschiana são acionados para pensar afetos como inveja, medo, ódio e ressentimento. Para avançar nessa análise, investigam-se episódios da série distópica Black Mirror, com vistas ao aprofundamento de fenômenos ligados à cultura digital, tais como relações problemáticas com afetos e com a finitude. Identificando e analisando alterações nos campos da atenção e do afeto em novos horizontes culturais, a pesquisa visa a contribuir para o desenvolvimento temático e metodológico do campo da Teoria da Comunicação, bem como para a compreensão de mudanças em curso no século XXI. |
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